O ano é 2187 e uma jovem garota, Ramlethal Valentine, declara guerra sobre todo o mundo e seus habitantes, e o resto é história. Esse é o começo de Guilty Gear Xrd -SIGN-, um game de luta com um estilo gráfico único, uma trilha sonora de rock fantástica e diversas mecânicas para te manter imerso em seu universo, como as barras de “tension”, os medidores de “burst” e os ataques “dust”. Se você não ficou curioso com apenas isso, permita-me elaborar!
Heaven or Hell, Duel one, Let’s Rock!
Guilty Gear Xrd -SIGN- é um dos títulos mais recentes da franquia de mesmo nome, desenvolvido pela Arc System Works, carinhosamente apelidada “ArcSys”. O jogo foi muito bem recebido, sendo uma fantástica evolução das últimas entradas da série, com novos personagens e mecânicas que dão diversidade ao jogo.
Um exemplo é a barra de “tension”, que é preenchida conforme os jogadores lutam, podendo ser gasta para a execução de ataques especiais, defesas mais fortes ou a técnica mais avançada de “roman cancel” que te permite reiniciar um combo sem deixar seu oponente se mover, mas apenas por uma fração de segundo.
Os contos das Gears
Outro grande ponto em qualquer jogo da ArcSys, e principalmente em Guilty Gear, é a história. Neste caso, essa se passa através do modo Arcade, com cada personagem apresentando um ponto de vista diferente, que nem sempre faz sentido, mas que valem a pena, dado que eventualmente se complementam.
A trama no Arcade acaba no ponto de captura da vilã previamente mencionada (Ramlethal), se desenrolando então no exclusivo modo história presente no jogo, apresentado apenas visualmente, e somando cerca de 4 a 5 horas de conteúdo.
Porém não se sinta intimidado; a história segue um ritmo leve, e as pausas entre os capítulos são frequentes para que o jogador possa acompanhar no ritmo em que se sentir melhor. Também há episódios mais leves, mostrando o lado mais humano e descontraído dos personagens (até mesmo dos que menos se espera).
Visuais para lutadores e espectadores
Sobre a parte gráfica de Xrd, a ArcSys fez um excelente trabalho adaptando os personagens e cenários já existentes para os gráficos em 3d “cel-shaded” (dando o estilo de animação), mantendo a jogabilidade focada em combos, como em suas versões anteriores.
O jogo também conta com “cut-outs” durante os ataques especiais, com angulações de câmera que demonstram o extensivo trabalho feito com os efeitos e os modelos de cada personagem, deixando cada partida ainda mais interessante, até mesmo para quem não participa diretamente.
Voltando para casa, musicalmente
Em quesitos de trilha sonora, temos Norichika Sato, que já havia trabalhado com algumas músicas na outra série de jogos da empresa, Blazblue, cooperando com o próprio diretor e designer de -SIGN-, Daisuke Ishiwatari, na criação de trilhas vocais.
Vale destacar que o jogo também conta com peças instrumentais, tanto novas como recorrentes da franquia. Algumas recomendações são “Heavy Day”, “Birthday Train” e “A Slow Waker” que demonstram a variedade musical que pode ser encontrada no título.
Finalmente, espero ter ganhado essa luta com você, leitor, fazendo com que dê uma chance para esse grande título, ou algum outro dessa fantástica série. Se tem algo que eu posso dizer, sendo alguém não tão imerso nas técnicas dos fighting games, é que Guilty Gear sempre é divertido de experienciar, seja pela diversidade de seus personagens, pela história única e louca que seu universo contém ou pela soundtrack que o complementa tão bem.
Por fim, é um excelente ponto de início para os jogos de lutas, e saiba que, com um amigo, você com certeza poderá desfrutar ainda mais desses títulos. Rock on!
Sobre o autor
Carlous é um programador com aspirações de se tornar tradutor, integrante do canal Framed Legalia. Gosta de mostrar os pontos positivos de seus jogos favoritos, que costumam ser menos conhecidos, levando-os a mais pessoas. É grande fã da franquia de jogos japoneses Megami Tensei, se arriscando de vez em quando com os fighting games da vida, como Guilty Gear.
Twitter: @erdeius