Desde que foi anunciado junto da mensagem do diretor da franquia, Guilty Gear Strive já prometia ser um título diferente de todo o resto da série e, para isso, não teria medo de abandonar conceitos tradicionais, tudo com a intenção de criar uma experiência única.
Por meio deste artigo, trazemos a vocês uma visão básica sobre o jogo que gerou uma certa polêmica e talvez até estimule alguém a experimentar esse novo começo da franquia. Vale notar, no entanto, que essa análise sobre o título é baseada na versão de teste beta fechado, disponibilizada em abril de 2020. Sendo assim, certos elementos podem vir a mudar com o lançamento final.
Novo Game para uma nova Geração
Guilty Gear é um franquia de jogos de luta desenvolvida pela Arc System Works que iniciou-se em 1998 no PlayStation e sempre foi considerada muito técnica devido às sua diversas mecânicas e estrutura de combos. De forma semelhante, Strive tem como principal objetivo divertir tanto jogados experientes quanto novatos. Para isso, o título traz algumas mudanças profundas.
Inicialmente, podíamos observar a estrutura básica de combos em títulos anteriores da franquia, em um sistema chamado de gatling: ele permitia que ataques fracos fossem cancelados em favor de ataques mais fortes, fazendo com que existisse uma progressão simples e intuitiva de botões.
No mais novo título, esse sistema foi abandonado, com ataques normais agora se cancelando em ataques especiais ou “command normals”, golpes usados ao apertar uma direção junto de um botão de ataque normal.
Essa mudança faz com que os combos automaticamente tornem-se menos extensos. Entretanto, para compensar, todas combinações de ataques causam mais dano, estimulando um estilo de jogo mais agressivo. Além disso, até mesmo poucos golpes diferidos contra o seu personagem já podem reduzir drasticamente seus pontos de vida.
Em adição, outra mecânica que estimula a agressividade no jogo é a barra de “RISC”, que é preenchida através da defesa de golpes. Quanto mais cheia, maior será o dano causado por oponentes até que todos os seus golpes tornem-se counters, o que desacelera a partida e dá ao atacante uma janela de tempo para pensar um pouco mais sobre como dar continuidade ao seu ataque.
Adicionalmente, temos o sistema de “Roman Cancel” que, através de três botões pressionados simultaneamente, permite ao usuário cancelar sua ação e deixar seu oponente temporariamente desacelerado e vulnerável a ataques.
Apesar de útil, essa técnica pode se provar difícil de executar, já que o adversário pode conseguir prevê-la e virar seus efeitos contra o usuário para prejudicá-lo. Assim, não é recomendável tentar “roman-cancelar” fora de combos, o que somente incentiva a dinâmica agressiva da jogo.
Outra adição, e talvez uma das mais notáveis, é a transição de cenários em meio ao combate, uma mecânica que se popularizou graças a vários outros títulos do gênero. De forma semelhante a outros jogos que apresentam essa funcionalidade, em Strive, jogadores podem transportar personagens da partida para um cenário adjacente ao pressionarem adversários contra a “parede” na extrema esquerda ou direita do estágio.
Além de dano contra o arremessado, essa transição causa efeitos positivos para quem arremessou, proporcionando uma camada extra de estratégias e enriquecendo a experiência visual do jogo. Possivelmente, essa novidade pode servir para atrair fãs de outros jogos da Arc System Works, como Dragon Ball FighterZ e Granblue Fantasy Versus, que também incluem a mecânica.
Gráficos e Guitarras
Todas essas mudanças foram feitas com o intuito de atrair novos jogadores, já que simplificam bastante uma franquia que tinha muito mais sistemas. Porém, algumas coisas nunca mudam, como é o caso dos belos visuais e da trilha sonora carregada de rock pesado.
Ainda assim, mesmo na parte gráfica existem novidades e nada foi reutilizado de jogos anteriores. Todos os personagens têm novos modelos feitos para serem bonitos de todos os ângulos, o que contribui demais para a beleza do título.
Por sinal, a interface de usuário, um importante elemento em jogos de luta, também foi drasticamente simplificada, adotando um visual mais minimalista com o intuito de facilitar a entrada de um novo público. A tela de personagens, por exemplo, separa lutadores em categorias, informando o estilo de jogo de cada um de forma bem compreensível.
Strive definitivamente é um título sem precedentes, até mesmo dentro de sua franquia, o que não é necessariamente algo ruim, já que abre as portas para uma nova geração de fãs. Enquanto isso, veteranos podem aprender a dominar as novas mecânicas ao lado de novatos e ajudar a comunidade de jogadores a crescer ainda mais.
Guilty Gear Strive será lançado para PlayStation 4 e PC. Infelizmente, seu lançamento foi recentemente adiado para 2021, mas ao menos a desenvolvedora terá mais tempo para utilizar o feedback de seus fãs para melhorar ainda mais o título.
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Heaven or Hell,
LET’S ROCK!
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